No dia 30 de outubro, antes que os primeiros raios de sol tocassem o vale do Paramirim, uma ordem de silêncio foi dada, então os pássaros se aquietaram e o vento se calou. Lá no alto das colinas que cerca o povoado, se avistava a chegada de um gigante. Ela se debruçou sobre as montanhas e cobriu todo vale com o seu manto branco. Um barulho de tambores soava com os pingos d’água tocando o sol. No céu andorinhas faziam coreografias, enquanto a brisa trazia o perfume das serragens. Sem alardes de trovões ou ventanias os pingos d’água logo se transformaram em cachoeiras.
Igreja Matriz de Santo Antônio
A chuva trouxe de volta a esperança, alegria e bem-estar. Quando os nossos olhos olham para chuva o nosso coração volta a ficar verde, pois a nossa origem é da Natureza.
Praça Santo Antônio
Lagoa de Paramirim
Avenida do Brás
E foi assim que o jejum de 150 dias de seca chegou ao fim em Paramirim. Algumas ruas ficaram alagadas, como foi o caso avenida Botuporã, onde a água cobriu as calçadas, impedindo a passagem de pedestres e veículos.